'Podemos não estar sozinhos', afirma ex-chefe de investigação de OVNIs do Pentágono



'Podemos não estar sozinhos', afirma ex-chefe de investigação de OVNIs do Pentágono


programa de investigação de OVNIs nos EUA - pentagono
Confira as revelações feitas pelo ex-chefe do programa secreto de objetos voadores não identificados do EUA...


Nos EUA, o ex-chefe de um programa secreto que investigava objetos voadores não identificados (OVNIs) disse a vários meios de comunicação que a vida extraterrestre pode existir.

"Minha crença pessoal é que há evidências muito convincentes de que talvez não estejamos sozinhos", disse à CNN Luis Elizondo, oficial que anteriormente gerenciou o Programa de Identificação de Ameaça Avançada do Pentágono.

Elizondo disse que o programa encontrou "muitas" aeronaves estranhas durante o período de existência do projeto, que correu entre os anos de 2007 e 2012. "Essas aeronaves - nós as chamaremos de aeronave - possuem características que atualmente não estão dentro do inventário dos EUA nem em nenhum inventário estrangeiro conhecido", disse ele.

Em uma entrevista à National Public Radio (NPR), Elizondo acrescentou que suas observações não eram pensadas em naves extraterrestres, pois o foco do programa era identificar possíveis problemas para a segurança nacional.

E foram muitos avistamentos, segundo Elizondo. Eles tinham que notificar os militares sobre tudo que viam nos céus, e grande parte dos casos nunca foi solucionada.

"Se você está perguntando a minha opinião pessoal a partir daqui, veja, eu tenho que ser honesto com você, e eu não sei de onde é. Mas temos certeza de que não é daqui", disse Elizondo. "Isso significa que é alienígena? O que estava lá dentro dessa aeronave poderiam ser russos, chineses, pequenos homens verdes de Marte, ou o cão do vizinho... não importa. Eu queria abandonar essa especulação porque eu queria me concentrar na ciência bruta: o quê estávamos vendo representava uma ameaça para a segurança nacional?"


Pentagono, EUA
O Pentágono - sede do Departamento de Defesa dos EUA.
Créditos: David B. Gleason / divulgação

Elizondo renunciou ao programa do Departamento de Defesa no dia 4 de outubro. De acordo com o The New York Times, que teve acesso a vários documentos oficiais, em sua carta de demissão, Elizondo escreveu que "é preciso prestar mais atenção em muitas coisas da Marinha e de outros serviços de sistemas aéreos incomuns que interferem com plataformas e armas militares que se mostram além da capacidade da nossa geração."


Arrecadação de fundos para "estranhos fenômenos aéreos"

Elizondo e outros dois ex-funcionários do Departamento de Defesa, Christopher K. Mellon e Harold E. Puthoff, criaram um projeto chamado "To The Stars Academy of Arts and Science" (Academia de Artes e Ciências Às Estrelas), cujo objetivo é investigar "ciência e tecnologias exóticas", de acordo com seu site.

"Nós acreditamos que existem evidências suficientes de fenômenos aéreos não identificados que mostram a existência de tecnologias exóticas que poderiam revolucionar a experiência humana", afirma o site da organização. A empresa arrecadou mais de $ 2,2 milhões de dólares de cerca de 2.500 investidores.


As revelações de Luis Elizondo sobre o programa secreto de $ 22 milhões de dólares destinado a observação de OVNIs foram feitas ao jornal The New York Times, e em seguida, divulagadas em diversas mídias ao redor do mundo. Segundo o jornal norte-americano, o programa do Departamento de Defesa que teria funcionado oficialmente entre 2007 e 2012, ainda opera apesar de cortes no financiamento terem reduzido seu alcance.


OVNIs por toda parte?

Recentemente, pilotos da Marinha dos EUA relataram o avistamento de um OVNI durante uma missão de treinamento na costa de San Diego em 2004. "Ele acelerou de uma forma que eu nunca vi", disse o comandante David Fravor em uma entrevista ao jornal The New York Times.


Mas nada disso é novidade. Apesar da vida extraterrestre inteligente ainda estar longe de ser confirmada, o governo dos Estados Unidos já buscou por OVNIs em vários programas, como o Project Sign (meados de 1940), Project Grudge (décadas de 1940 e 1950), Project Blue Book (até 1969), dentre outros. Em 2016, A Agência Central de Inteligência dos EUA liberou diversos documentos secretos relacionados a OVNIs.


E não é só nos EUA que o governo investe na busca por objetos voadores estranhos. No Brasil, a Operação Prato, investigou o aparecimento de centenas de OVNIs avistados e supostos contatos físicos na região da Amazônia brasileira. [Os Casos de alienígenas mais estranhos sem explicação pela ciência]

Outros projetos independentes, como o SETI (Pesquisa de Inteligência Extraterrestre) e o Breakthrough Listen, buscam por sinais de rádio que poderiam ser transmitidos por seres extraterrestres inteligentes. Quem acompanha nosso site já sabe que os cientistas analisaram até mesmo aquele objeto interestelar ('Oumuamua') na buscar por sinais de um possível contato. Afinal de contas, um asteroide interestelar em formato de charuto chama mesmo a atenção de todos...

E se ampliarmos essa "busca por vida inteligente" apenas para "busca por vida", temos como exemplo muitos programas de diversas agências espaciais que procuram evidências de micróbios que poderiam viver em mundos de gelo e oceanos submersos, como Europa (lua de Júpiter) e Encélado (lua de Saturno).


Mas será que estamos sendo visitados?

Como devemos enfatizar, OVNI - Objeto Voador Não Identificado - pode ser qualquer coisa. E se pode ser qualquer coisa, desde uma nave espiã até um teste bélico secreto, não é correto afirmar que um OVNI é de fato uma nave alienígena.

OVNI - UFO - Pentagono - ilustração
Ilustração artística de uma nave alienígena durante uma abdução.
Créditos: Gety Images / divulgação

E não é de hoje que governos de alguns países rivalizam, sobretudo no quesito bélico. Assim como existem programa secretos para avistamentos de OVNIs, existem também diversos outros destinados a criação de novas armas, novos aviões de guerra, e por aí vai...

Podemos concluir então que sim, existem OVNIs, mas não podemos afirmar que esses OVNIs vieram de outros mundos, tampouco que seriam espaçonaves alienígenas construídas por seres extraterrestres inteligentes.


"Quando as pessoas afirmam observar fenômenos verdadeiramente incomuns, às vezes vale a pena investigar seriamente", disse Sara Seager, astrofísica do MIT. Mas ela acrescenta: "o que as pessoas às vezes não entendem sobre ciência é que muitas vezes temos fenômenos que permanecem inexplicados."



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