Conheça o lugar onde houve o crime mais marcante da Idade Moderna do Brasil o "Castelinho da Rua Apa "



Conheça o lugar onde houve o crime mais marcante da Idade Moderna do Brasil o "Castelinho da Rua Apa " 

De todos os imóveis abandonadas da cidade de São Paulo um castelinho localizado na Rua Apa, bairro Campos Elíseos, se destaca, não somente por ser um castelinho, mais por ser mal assombrado! 
 
Esse 'belo' castelo foi palco do crime mais marcante da Idade Moderna, um assassinato em família,  após uma discussão séria os irmãos Armando e Álvaro chegaram às vias de fato e trocaram tiros. Poucos minutos antes da tragédia ocorrer a mãe, Maria Cândida dos Reis, teria surgido para apartar a discussão de ambos, que estavam  apontando revólveres um para o outro. Foi ai que a troca de tiros iniciou-se e os três acabaram por falecer no local.

À época, a rápida apuração das autoridades policiais teria levantado suspeitas sobre se os irmãos teriam realmente um matado o outro ou se o assassinato havia sido encomendado. O posicionamento dos corpos de Armando e Álvaro teria sido um dos principais combustíveis para que muitos achassem que os irmãos e a mãe teriam sido, na verdade, vítimas de um triplo homicídio.

Resultado de imagem para castelinho da rua apa


Após anos de polêmica, em um caso em que os herdeiros diretos haviam todos falecido na mesma tragédia, uma nova lei federal sobre heranças promulgada pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas, iria impedir que parentes de segundo ou terceiro grau herdassem o castelinho. Assim, o castelinho ( e outros imóveis sem herdeiros em situações semelhantes) seriam repassados ao governo federal. Anos mais tarde esta lei seria revogada, mas parentes de Dona Maria Cândida e dos irmãos Armando e Álvaro jamais iriam conseguir retomar o imóvel que ficaria nas mãos do INSS (e ainda permanece) , órgão famoso por não preservar ou recuperar bens históricos em seu poder.
Com este impasse o imóvel sempre foi impedido de ser recuperado. Com o tempo a fama de assombrado começou a acompanhar o local, e os anos de abandono e degradação ajudaram e muito a propagar essa fama que não passa de uma lenda.

Nos anos 1990, Maria Eulina criou a ONG Clube das Mães do Brasil.

De mal-assombrado a bem-vindo

Erguido em 1912 para servir de residência, o imóvel já estava com processo de tombamento aberto pelo Conpresp, o órgão municipal de proteção ao patrimônio, desde 1991 – trâmite que só seria concluído, com sucesso, em 2004.
Técnicos do departamento realizaram três vistorias no local. O primeiro relatório enfatizava o acúmulo de lixo, sobretudo papéis e madeira, que teria originado vários focos de incêndio. A segunda visita encontrou o imóvel no mesmo estado precário; os agentes ressaltaram não haver mais nada do telhado original – substituído por um fibrocimento improvisado. As calhas também tinham sido todas trocadas por canos de PVC, as janelas já não contavam com vidros e a escada de madeira, no interior do prédio, estava prestes a desabar. A última vistoria do Conpresp foi realizada em 2004, mesmo ano da conclusão do processo.
- Apesar do avançado estado de deterioração física que a construção apresenta no momento, todos os problemas observados são reversíveis – pontuou o documento.
O problema é que restaurar custa caro. E a ONG de Maria Eulina nunca foi de ostentar caixa cheio. Os recursos vieram do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos (FID), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania: R$ 2,8 milhões de reais para recuperar a histórica construção, que deve ser reaberta como centro cultural voltado à população mais pobre. Faltava um arquiteto que topasse a empreitada.
- E precisava ser especializado em restauro – frisa Maria Eulina.
Milton Nishida foi o 17° profissional procurado por ela. Ele não só topou como se encantou com as possibilidades do projeto.
- Os primeiros levantamentos foram feitos em 2010. Cinco anos depois, começamos a obra de fato – recorda-se ele.
Nishida conta que primeiro precisaram proteger e escorar todas as partes do imóvel, porque era necessário considerar o risco de desabamento. Só então a equipe conseguiu acessar as áreas internas com segurança e ver em detalhes tudo o que havia, fazer medições e projeções, avaliar o tamanho do estrago diante de tanto tempo de abandono.
O restauro do imóvel de 180 metros quadrados foi dividido em duas etapas: resgatar e recuperar as partes originais do prédio e construir de novo os itens faltantes.

Gostou? 
Então curta minha página no Facebook!









Comentários